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O 3º Grau da Maçonaria e sua Alquimia

A Importância dos Símbolos no Grau de Mestre

Na Maçonaria, os estudos se baseiam nos símbolos e nas alegorias. Cada um deles pode ter diferentes interpretações. Ao alcançarmos o Grau de Mestre Maçom, chamado de grau da plenitude, percebemos que esses símbolos são parte de uma ciência viva.

Além disso, essa ciência permite ao iniciado aplicar o que aprendeu para ajudar seus Irmãos, reconstruir o que está caindo, confortar os desanimados e fazer brilhar a luz onde só havia escuridão.

Tradições e Instrumentos Simbólicos

A Maçonaria é herdeira de tradições muito antigas. Através do estudo dos símbolos, conhecemos sua história oculta e cheia de significados.

Como ponto inicial, é útil observar o Painel da Loja e seus instrumentos: Régua, Esquadro e Malho. Esses símbolos, que conhecemos desde o início, foram mal utilizados pelos assassinos simbólicos de Hiram Abiff, representando o ataque à virtude e à sabedoria.

Os Ornamentos do Templo

Entre os ornamentos da Loja, temos o Pórtico, a Lâmpada Mística e o Pavimento Mosaico.

O Pórtico

O Pórtico representa a entrada para o lugar mais sagrado. Desse modo, simboliza a necessidade de preparo moral para acessar o Grau de Mestre e seus mistérios.

A Lâmpada Mística

A Lâmpada Mística simboliza a luz divina. É essa luz que penetra nosso interior e, sem ela, tudo seria trevas.

O Pavimento Mosaico

O Pavimento Mosaico mostra o caminho da vida, feito de luz e sombra, altos e baixos, como todos experimentamos em nossa jornada.

Emblemas da Mortalidade

A Caveira e as Tíbias lembram a morte e a fragilidade da vida. O “X” das tíbias representa uma variação da cruz — a Cruz de Santo André.

O Crânio mostra o fim do corpo físico. As tíbias, cruzadas, representam a perfeição e a igualdade entre todos. Ou seja, lembram que, por fora, todos somos iguais. E nos convidam a pensar no que diz a Escritura do Grau 3:

“Lembra do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias… e o pó volte à terra, e o espírito volte a Deus que o deu.”

O A Acácia e a Câmara do Meio

A Acácia é símbolo da vida eterna e da energia espiritual que sobrevive à morte do corpo.

Por outro lado, a Câmara do Meio é o lugar onde o Mestre busca compreender os mistérios da vida e da natureza, por meio de estudo e reflexão.

O Simbolismo da Morte de Hiram

A morte simbólica de Hiram, causada por três maus companheiros, representa o constante perigo que a ignorância, o fanatismo e a ambição impõem à sabedoria. Seu túmulo, com três pés de largura, cinco de profundidade e sete de comprimento, contém uma rica simbologia.

A Palavra Perdida

A Palavra Perdida representa o segredo da Maçonaria. É o Verbo Criador, perdido desde o início da humanidade, quando o homem passou a guiar-se só pela razão. Essa Palavra só é revelada ao homem justo, que vence os vícios e cultiva amor e verdade.

A palavra Mo.’., de difícil interpretação, significa: “a carne se desprende dos ossos”. Simboliza a morte do materialismo e o renascimento espiritual, transformando o homem em um novo ser.

Essa palavra é pronunciada através dos cinco Pontos de Perfeição:

  1. P.’. com P.’.
  2. J.’. com J.’.
  3. P.’. com P.’.
  4. M.’. D.’. em G.’.
  5. M.’. E.’. sobre o O.’. D.’.

Palavra de Passe e a Idade do Mestre

Cada gesto desses ensina uma lição: ajuda mútua, compromisso, sintonia de pensamentos, união inquebrantável e apoio fraterno.

O Mestre tem sua Palavra de Passe: Tu.’.. Segundo a Bíblia, é nome dado aos trabalhadores que atuaram na construção do Templo com os Maçons de Salomão e o Rei Hiram.

A idade simbólica do Mestre faz referência ao setenário — número sagrado que une a Trindade ao Quaternário, símbolo da plenitude divina.

Esse sete vem do seis, somado a um centro de equilíbrio. Representa os dois triângulos sobrepostos: o conhecido Selo de Salomão.

O Caminho dos Mestres

Os Mestres viajam de Oriente para Ocidente e de Sul para Norte. Com isso, eles espalham conhecimento, aprendem com os outros e ajudam a unir o que está separado.

O Mistério do Número Sete

Ele representa os sete centros magnéticos ou igrejas interiores. O Mestre, ao entendê-los, domina os opostos e se equilibra no conhecimento e na criação.

No Segundo Grau, o Companheiro sobe sete degraus. Em seguida, o Mestre segue explorando números superiores e significados maiores.

Sabedoria Ancestral e a Trindade Setenária

Antigos filósofos falavam de sete forças que influenciam tudo que existe — nos céus, na Terra e em cada ser humano, planta ou mineral.

A Trindade Setenária, simbolizada por três anéis entrelaçados, mostra o caminho do verdadeiro Mestre: equilibrar corpo, mente e espírito.

A Perfeição Através do Número Oito

Até os sete pecados capitais derivam desse conhecimento. Tirar um deles traria desequilíbrio ao mundo material, segundo os iniciados.

Contudo, o homem pode passar por iniciações, mas sem despertar sua luz interior, elas serão em vão. O “eu sou” precisa estar presente e ativo para alcançar a verdade suprema.

O número oito aparece no símbolo solar da Babilônia. O Sol, regente das estações e dos ciclos, é símbolo de ordem, clareza e razão.

Por fim, quando o iniciado ativa seus sete centros de energia, alcança a oitava virtude — a divindade em potência, revelada por meio do amor e do sacrifício. Isso forma um novo sistema, com oito qualidades que o elevam à sua natureza divina.

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