
O Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) é um dos mais conhecidos e praticados sistemas maçônicos em todo o mundo. Organizado em 33 graus, ele se estrutura em três etapas principais: os Graus Simbólicos (ou da Loja Azul), os Graus Filosóficos (também chamados de Altos Graus ou Graus Capitulares) e os Graus Administrativos. Cada etapa possui características específicas, simbolismos próprios e diferentes responsabilidades.

1. Graus Simbólicos (1º ao 3º Grau)
São os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, conferidos pelas Lojas jurisdicionadas às Grandes Lojas ou aos Grandes Orientes. Essas potências são autônomas, sendo que cada uma administra suas Lojas simbólicas segundo a Constituição e os Landmarks da Maçonaria. No Brasil, o REAA é um dos ritos mais utilizados por essas potências para os trabalhos nos três primeiros graus.
Esses graus compõem a chamada “Loja Azul” e representam a base da formação maçônica. O Aprendiz inicia sua jornada de autoconhecimento, o Companheiro aprofunda seu entendimento sobre a arte e os mistérios, e o Mestre atinge a plenitude simbólica da maçonaria simbólica, estando apto a aprofundar-se nos Graus Filosóficos.
Grau 1 – Aprendiz

Este grau marca o início da jornada maçônica, voltado à assimilação dos princípios essenciais da Ordem e ao conhecimento de suas leis e tradições. Seu ensinamento se resume em três pilares: Deus, fraternidade e caridade. Representa o ingresso em uma nova existência — a iniciação — que simboliza a morte para a vida profana e o nascimento para um caminho de autoconstrução. O progresso na senda da sabedoria é como uma árvore: só se alcança o topo vencendo os próprios vícios e limitações.
Grau 2 – Companheiro
Este grau convida o Iniciado a orientar sua vida rumo à excelência por meio do trabalho, do conhecimento e da virtude. É um chamado ao aprofundamento nas artes liberais, tanto no plano material quanto no intelectual. O Companheiro é, ao mesmo tempo, pedra e construtor na edificação do Templo interior, embora os materiais com os quais trabalha — incluindo a si mesmo — ainda careçam de lapidação mais fina.

Grau 3 – Mestre Maçom

Este grau é consagrado à honra inabalável e ao cumprimento do dever sem concessões. Representa o sacrifício da própria vida em favor do bem coletivo. Através da lenda de Hiram, revela-se o drama do ser humano que, vencido pelas paixões, precisa renascer em pureza e luz. O Mestre é aquele que enfrenta a morte simbólica para alcançar a verdadeira regeneração espiritual.
2. Graus Filosóficos (4º ao 32º Grau)
Esses graus formam o corpo filosófico do REAA, divididos em quatro séries: Inefável, Capitular, Filosófica e Sublime. São administrados por corpos distintos, que variam conforme a jurisdição:
Série Inefável (4º ao 14º Grau) – Conduzida por uma Loja de Perfeição, aborda temas como a construção espiritual do Templo interior e os atributos divinos.
Grau 4 – Mestre Secreto

Este grau representa o guardião dos mistérios e o vínculo com a tradição. Seu propósito é cultivar o silêncio como virtude e aprender a guardar o segredo sagrado. Embora Hiram tenha perecido, a Acácia floresce como sinal de que sua missão deve continuar discretamente. O Mestre Secreto persegue a verdade e a justiça, aprofundando-se no estudo das Escrituras, na meditação e na introspecção. Pois muito do que nossa mente pode conceber está sob o céu e sobre a terra. O segredo, a fidelidade e a obediência são os pilares que sustentam a verdadeira liberdade.
Grau 5 – Mestre Perfeito

Este grau ensina que o verdadeiro conhecimento humano possui uma dupla natureza: material e espiritual. Cada ensinamento deve ser revelado conforme a capacidade de compreensão de quem o recebe. Hiram renasce em cada iniciado, e, por meio dele, reconhecemos a dignidade inerente ao ser humano. A jornada do Mestre Perfeito é a busca pelo autoconhecimento, pois somente ao desvendar a si mesmo é possível compreender o universo e o divino. Como ensinava a sabedoria antiga: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.”
Grau 6 – Secretário Íntimo

Este grau estimula a busca inteligente e curiosa pela harmonia universal. A narrativa de Johaben, que espionou o rei de Tiro com a intenção de proteger o rei Salomão — ainda que sem sua aprovação —, revela que boas intenções nem sempre justificam os meios. A ação movida pelo zelo só é legítima quando guiada pela sabedoria. Neste grau, o maçom aprende que discernimento e prudência são essenciais para servir à verdade e à justiça.
Grau 7 – Preboste e Juiz

Este grau ensina que o respeito à lei — desde que livremente aceita — deve tornar-se parte integral do caráter do maçom. A figura de José, filho de Jacó e ministro do Faraó, ilustra como sabedoria e previsão são fundamentais para governar com justiça. O domínio das leis naturais aprofunda o autoconhecimento e nos orienta a servir à humanidade com discernimento. Afinal, a natureza não pode ser controlada, apenas compreendida e obedecida.
Grau 8 – Intendente dos Edifícios

A base da civilização repousa no trabalho e na justa posse dos frutos que ele produz. A propriedade legítima nasce do esforço pessoal, e não do privilégio. Cabe aos sucessores de Hiram preservar e embelezar as construções simbólicas da Tradição. É nosso dever manter viva essa herança, sem corromper seu significado nem permitir que ela se perca com o tempo.
Grau 9 – Cavaleiro Eleito dos Nove

A principal função deste grau é a de seguir ordens e aplicar sentenças, desenvolvendo a virtude da obediência, o domínio de nossas ações e a coragem necessária para triunfar sobre a verdade. Os nove maçons que partiram em busca dos assassinos de Hiram elegeram Johaben como líder, e este, em um ato de vingança, matou o principal assassino. Porém, o rei Salomão o repreendeu, pois a vingança obscurece o julgamento do justo. A verdadeira justiça deve ser guiada pela caridade. Somente quando a sabedoria exceder a dos escribas, será possível acessar o Reino da Sabedoria.
Grau 10 – Cavaleiro Eleito dos Quinze

As execuções realizadas após um julgamento legítimo são consideradas justas, e o executor deve limitar suas ações ao que for estritamente necessário. Quinze Mestres Maçons encontraram os dois assassinos restantes de Hiram e os levaram ao Tribunal de Salomão, onde foram condenados à morte, mas apenas após um julgamento justo. A caridade não deve ser vista como fraqueza. A Maçonaria nos ensina a amar a justiça e a servi-la com um coração livre de ódio.
Grau 11 – Sublime Cavaleiro dos Doze

A recompensa concedida ao justo executor de sentenças emitidas contra traidores e opressores. Também se encontra entre os Quinze Eleitos, onde Salomão escolheu os doze líderes dos Tribunais de Israel. É necessário distinguir os mais aptos e confiar-lhes a responsabilidade de governar os homens.
Grau 12 – Grão-Mestre Arquiteto

Está intimamente ligado aos projetos arquitetônicos e planos financeiros. De acordo com a tradição, Salomão fundou uma grande escola de arquitetura, recrutando alunos de diversas partes do mundo, que adquiriram os princípios necessários para a regeneração da humanidade. A antiga lei dizia: “Olho por olho, dente por dente”, mas a nova nos ensina: “Amai-vos uns aos outros” e “Seja caridoso, até mesmo com seus inimigos”.
Grau 13 – Cavaleiro do Real Arco

A busca pelo conhecimento deve ser profunda, especialmente para aqueles destinados a governar. Após o êxito inicial, nunca devemos interromper o progresso no estudo das questões sociais e científicas mais complexas. Ao escavar os alicerces do Templo, foi encontrado um antigo templo de Enoque. O Delta luminoso irradiava uma luz extraordinária, revelando o verdadeiro nome da Causa Primeira, mas ninguém sabia pronunciá-lo. Mesmo quando acreditamos ter alcançado a verdade em nossa busca, devemos continuar a escavar. “Busca e acharás.”
Grau 14 – Perfeito e Sublime Maçom

Este grau representa a presidência das Oficinas inferiores. Quando o Templo de Salomão foi finalizado, todos os trabalhadores receberam um pagamento justo e se retiraram, observando a lei do silêncio. Da mesma forma, ao adquirirmos conhecimento e sabedoria, devemos ser cautelosos em como os utilizamos. Como diz o provérbio: “Não se deve lançar pérolas aos porcos.”
Série Capitular (15º ao 18º Grau) – Também sob a tutela do Capítulo Rosa-Cruz, foca na busca da verdade e na restauração da Palavra Perdida.
Grau 15 – Cavaleiro do Oriente
Este grau é essencial para a perseverança na reconstrução do Templo de Jerusalém. Para ter acesso ao Templo, era necessário passar por uma porta voltada para o Oriente, localizada em uma fortaleza de sete voltas, guardada por um Cavaleiro. A luz emana do Oriente, e a espada simboliza o cumprimento do dever.

Grau 16 – Príncipe de Jerusalém
Este grau preside todas as Lojas Salomônicas e exige que se trabalhe com a espada da coragem em uma mão e a trolha na outra. Os Cavaleiros do Oriente e da Espada, conhecidos por sua constância e firmeza, eram considerados “príncipes de Jerusalém” sagrados. Apesar de não terem conseguido evitar a ruína do templo, que foi destruído pelos mesmos que mataram Hiram, tudo se renova, para o bem ou para o mal. Nossos esforços não são em vão: “Não é necessário esperar para agir, nem ter sucesso para perseverar.”

Grau 17 – Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
Este grau remonta à época do nascimento da cavalaria, que inspirou o Escocismo. A missão dos Cavaleiros do Oriente e do Ocidente era estabelecer a síntese entre as duas forças que colidiam na Idade Média. Esses Cavaleiros partiram em busca da Palavra Perdida, mantendo viva a esperança de encontrá-la.

Grau 18 – Cavaleiro Rosa-Cruz ou Cavaleiro da Águia Branca
Este grau tem a capacidade de suspender os trabalhos de uma Oficina, caso não sejam prestadas as devidas honras. Ele se dedica à emancipação da humanidade através do Gnosticismo. Após viajar ao Oriente, Ocidente, Norte e Sul, os Cavaleiros descobriram a Palavra Perdida, que esculpiram com caracteres indeléveis e guardaram em uma caixa de metal puro, entregando-a ao MUITO SÁBIO. Eles representam a esperança e a perseverança, que alimentam o amor pela humanidade, até mesmo com o sacrifício da vida.

Série Filosófica (19º ao 30º Grau) – Dirigida por um Areópago, propõe reflexões éticas, morais e filosóficas, conduzindo o maçom por temas como justiça, honra e sabedoria.
Grau 19 – Grande Pontífice ou Sublime Escocês

Este grau não confere prerrogativas especiais. Júlio César foi conhecido como “Summus Pontifex”, título que se tornou uma das prerrogativas dos imperadores romanos, até ser associado ao chefe da Igreja como sinônimo de “Papa”. Esse grau ensina que, para que o homem possa se elevar e enobrecer a humanidade, o progresso espiritual deve estar aliado ao desenvolvimento moral e intelectual, adquiridos em etapas anteriores.
Grau 20 – Soberano Príncipe da Maçonaria ou Mestre Ad Vitam

O Mestre vitalício, neste grau, não recebe privilégios especiais. Sua principal característica é a capacidade de encontrar a verdade por intuição. A salvação das massas é realizada através da pregação, o que remete à autoridade e prerrogativas dos antigos Hierofantes e líderes da Câmara. Quem é chamado para liderar deve entender que ocupa a posição de primeiro entre seus pares, o que impõe deveres de exemplo, autoridade, educação e dedicação aos subordinados sob sua orientação.
Grau 21 – Cavaleiro Noaquita ou Cavaleiro Prussiano

Este grau ensina que justiça e vingança também se aplicam aos poderosos. O estudo deste grau mostra uma analogia entre Noé e o imortal Hoang-Ti, inventor da esfera, simbolizando a origem da astronomia. O Iniciado deve reconhecer e admirar a ordem harmoniosa da esfera celeste, que simboliza a harmonia necessária para conquistar a verdadeira liberdade.
Grau 22 – Cavaleiro do Real Machado ou Príncipe do Líbano

Este grau ensina que o trabalho manual é a base tanto da civilização quanto da Maçonaria. Os sidônios cortaram os cedros do Monte Líbano para a construção do Templo de Salomão e, séculos depois, para a edificação do Segundo Templo sob a liderança de Zorobabel. De acordo com a valorização do trabalho, o ensinamento deste grau é selado (hermético). Representa a apoteose do trabalho aplicado à realização da Grande Obra.
Grau 23 – Chefe do Tabernáculo

Este grau ensina que os governantes têm o dever de combater as superstições e promover a verdade. A lenda está relacionada à construção do Tabernáculo, que foi utilizado para guardar a Arca da Aliança de Moisés durante o Êxodo.
Grau 24 – Príncipe do Tabernáculo

As novas gerações têm o direito de reformar as leis dos predecessores. Trata-se do recebimento de um levita no Santo dos Santos, elevando-o à dignidade sacerdotal. Os elementos dessa lenda simbolizam o Sábio que é responsável pelo desenvolvimento dos Iniciados em seu conhecimento astronômico, ao invés de se concentrar na moralidade divina do Decálogo, o qual inclui a liberdade de consciência.
Grau 25 – Cavaleiro da Serpente de Bronze

Para escapar do cativeiro material e da morte, representados pelas serpentes tiranas, o Cavaleiro deve destruí-los por meio da liberdade. A história de Moisés no Livro dos Números (XXI) ilustra este conceito: “Então o Senhor mandou contra o povo as serpentes venenosas, e muitas pessoas foram mordidas e morreram em Israel.” No plano moral, o Cavaleiro deve libertar-se de todos os laços materiais para perceber sua sensibilidade. O objetivo é a valorização da parte espiritual do ser humano.
Grau 26 – Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário

Este grau está relacionado ao desenvolvimento da caridade e da compaixão. A lenda deste grau se conecta à nova Instituição: a Cavalaria. As cores e o emblema da Trindade são símbolos da Grande Obra. O Bem e o Mal não são mais do que os acordos e desacordos, cuja união gera a Harmonia Universal.
Grau 27 – Grande Comendador do Templo

Os representantes da Ordem devem ser investidos da autoridade necessária para garantir que as decisões tomadas em prol do bem da humanidade sejam efetivamente executadas. Os trabalhos evocam a fundação e o desenvolvimento da Ordem do Templo, explicando sua constituição e exemplificando a disposição que conferiu à instituição seu brilho e prestígio.
Grau 28: Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto

Este grau é considerado um dos mais importantes na liturgia maçônica. Ele evoca as antigas iniciações, nas quais o Sol era o emblema da verdade e a origem da religião natural. Representa um verdadeiro sincretismo entre filosofia, ciência e religião. O objetivo é nos libertarmos da cegueira do erro para atingirmos a verdade.
Grau 29: Grande Cavaleiro Escocês de Santo André de Escócia ou Patriarca das Cruzadas

Este grau aborda os “Três deveres”: ser implacável contra as mentiras, proteger a virtude e a inocência com todos os meios disponíveis e lutar pela verdade. Refere-se ao período de apogeu da Grécia, onde as artes e as ciências floresceram intensamente. Este grau resume as descobertas filosóficas e científicas, além de refletir os preceitos presentes em outros graus.
Grau 30 – Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro da Águia Branca e Negra

Este grau simboliza uma autoridade dogmática superior. O trabalho é realizado em duas salas, sendo uma delas a “Sala do Conselho”. Ele representa a busca pela Luz, Liberdade e Justiça, associando-se diretamente à luta contra os tiranos, tanto temporais quanto espirituais, refletindo os princípios e a missão da Ordem do Templo.
Série Sublime (31º ao 33º Grau) – Controlada por um Consistório (31º e 32º graus) e pelo Supremo Conselho (33º grau), representa a culminância da jornada iniciática, reservada àqueles que se destacaram em sua trajetória maçônica.
Grau 31: Grande Juiz Comendador ou Inspetor Inquisidor Comendador
Este grau está ligado à preservação da doutrina gnóstica pura. Ele se conecta à lenda do Templo, sendo sua conclusão a busca incessante pela Justiça e Equidade, com ênfase na retidão e na vigilância sobre a ordem moral.

Grau 32: Sublime Príncipe do Real Segredo
Este grau está relacionado ao estudo da organização maçônica e ao desenvolvimento de um entendimento profundo da verdadeira natureza da Maçonaria. Segundo a lenda, durante a Terceira Cruzada, um exército de quinze corpos deveria se encontrar nas escadas dos Portos de Nápoles, Malta, Rodes, Chipre e Jaffa para marchar até Jerusalém. O Sublime Príncipe do Real Segredo é aquele que detém a chave do Real Segredo e, por meio de sua educação e desenvolvimento pessoal, é capacitado para preservá-lo e defendê-lo com a ajuda de todos os Irmãos do Rito.

3. Grau Administrativo: Grande Inspetor Geral (33º Grau)
Grau 33: Soberano Grande Inspetor Geral
O 33º grau é o mais elevado do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA). Sua conferência é feita de maneira honorária, concedida a Maçons que se destacaram por sua fidelidade, sabedoria e méritos ao longo de sua trajetória na Maçonaria. Este grau tem natureza administrativa, e não iniciática, sendo atribuído a irmãos que demonstraram excelência em sua contribuição ao rito. Seu principal papel é governar os corpos filosóficos do rito por meio do Supremo Conselho, órgão composto exclusivamente por Maçons que possuem esse grau.
O Soberano Grande Inspetor Geral exerce a função de Suprema Autoridade do REAA, sendo responsável por concretizar o verdadeiro propósito da Maçonaria de acordo com os princípios desse rito. Sua missão primordial é educar, esclarecer e guiar os irmãos, promovendo os ideais de Caridade, União e Amor Fraterno em toda a fraternidade. Além disso, é incumbido de garantir a regularidade dos trabalhos de todos os Graus, assegurando que as práticas maçônicas sejam observadas com rigor por todos os membros.

Este cargo também implica na imposição das Constituições, Estatutos e Regulamentos da Ordem, com uma atenção especial às normas que regem a Alta Maçonaria. O Soberano Grande Inspetor Geral tem ainda a responsabilidade de tomar decisões em todos os níveis da Maçonaria, com o objetivo de realizar obras de Paz, Misericórdia e Bem-estar coletivo, contribuindo para o fortalecimento da fraternidade e para a perpetuação dos valores maçônicos no mundo.
A maioria dos altos graus, dezoito ao todo, pode ser concedida em um formato incomum àquele conhecido nos graus simbólicos. Refere-se a esse modo de concessão como “por comunicação”. São os graus: 5º, 6º, 7º, 8º, 10º, 11º, 12º, 13º, 16º, 17º, 20º, 21º, 23º, 24º, 25º, 26º, 27º e 29º. Eles são, de certa forma, resumidos, restritos basicamente à prestação do juramento e uma breve instrução. A boa notícia é que não é feita cobrança de taxa sobre os mesmos. No entanto, não se deve subestimar seus valores. Os 11 Cavalheiros de Charleston os selecionaram dentre muitos outros graus disponíveis. Além disso, as decisões do modo de concessão desses graus foram muito mais administrativas do que por relevância, havendo, inclusive, certa variação entre Supremos Conselhos. Por isso, aqueles irmãos em busca de desvelar os mistérios do Rito Escocês Antigo e Aceito não devem ignorá-los.
Os interstícios entre os graus são os seguintes:
- Entre o 3º e o 4º: 06 meses;
- Entre o 4º e o 9º: 06 meses;
- Entre o 9º e o 14º: 06 meses;
- Entre o 14º e o 15º: 06 meses;
- Entre o 15º e o 18º: 06 meses;
- Entre o 18º e o 19º: 06 meses;
- Entre o 19º e o 22º: 04 meses;
- Entre o 22º e o 28º: 04 meses;
- Entre o 28º e o 30º: 04 meses;
- Entre o 30º e o 31º: 06 meses;
- Entre o 31º e o 32º: 03 meses;
- Entre o 32º e o 33º: 12 meses.
Assim, investe-se um tempo mínimo de 69 meses, ou seja, cinco anos e nove meses, entre o 3º e o 33º graus. Entretanto, como esses prazos são os mínimos, não sendo incomum ultrapassar uma semana ou mais a cada interstício, tem-se um intervalo mínimo real de, pelo menos, seis anos entre a exaltação a Mestre Maçom e a investidura como Grande Inspetor Geral. Em muitos casos, são mais de sete anos.
Gostou do conteúdo? Deixe um comentário ou compartilhe com alguém curioso sobre a Maçonaria.


