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Leitura da Bíblia no Grau 4 – Mestre Secreto (I Reis, 8:1-6)

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“Então, Salomão reuniu os anciãos de Israel e todos os cabeças das tribos, os chefes dos pais dos filhos de Israel, diante do rei Salomão em Jerusalém, para que pudessem fazer subir a arca do pacto da cidade de Davi, que é Sião.
E todos os homens de Israel se reuniram diante do rei Salomão na festa do mês de Etanim, que é o sétimo mês.
E vieram todos os anciãos de Israel, e os sacerdotes ergueram a arca.
E trouxeram a arca do Senhor, e o tabernáculo da congregação, e todos os vasos santos que estavam no tabernáculo, assim os trouxeram para cima os sacerdotes e os levitas.
E o rei Salomão, e toda a congregação de Israel, que estavam reunidos com ele, estiveram diante da arca, sacrificando ovelhas e bois, que não podiam ser contados ou enumerados por causa da multidão.
E os sacerdotes trouxeram a arca do pacto do Senhor até ao seu lugar, dentro do oráculo da casa, ao lugar santíssimo, bem debaixo das asas dos querubins.”
(I Reis 8:1-6)

O Grau 4 – Mestre Secreto é o primeiro dos Graus filosóficos do REAA, e inaugura uma nova etapa na jornada maçônica. Se nos três primeiros graus o Maçom construiu, lapidou e ressuscitou simbolicamente, agora ele é chamado a guardar o que construiu. É o grau da introspecção, do silêncio e da vigilância.

A passagem de I Reis 8:1-6 descreve o momento em que a Arca do Pacto é levada ao Santo dos Santos, o coração do Templo de Salomão. Essa imagem é o ponto central da mensagem deste Grau: colocar o sagrado no centro da vida e protegê-lo com reverência.

Relacionando o texto bíblico aos símbolos e ensinamentos do Grau 4

A passagem de I Reis 8:1-6 narra o momento solene em que a Arca da Aliança é levada ao Santo dos Santos do Templo de Salomão. Para o Mestre Secreto, este é um dos textos mais significativos, pois simboliza a interiorização do sagrado e o compromisso de guardá-lo.

No Grau 4, a Arca representa o centro espiritual da vida maçônica — a Lei, a Verdade e a presença do Grande Arquiteto do Universo. Quando Salomão ordena que ela seja colocada no oráculo, debaixo das asas dos querubins, ele ensina que o sagrado deve ocupar o lugar mais íntimo e protegido do Templo, assim como o Maçom deve colocá-lo no centro do seu coração.

A reunião dos anciãos, sacerdotes e de todo o povo para acompanhar a Arca mostra que esse ato não é apenas pessoal, mas coletivo. O Mestre Secreto é responsável por preservar a pureza da Obra não só para si mesmo, mas também para toda a comunidade maçônica. Guardar o segredo significa proteger o que é essencial para que a Luz continue iluminando o Templo.

Os símbolos do Grau 4 reforçam essa lição:

  • A Câmara Secreta, com suas cortinas escuras e clima de silêncio, representa o recolhimento interior necessário para receber e proteger o sagrado.
  • A Menorah ilumina o espaço, lembrando que a sabedoria deve brilhar no coração do Mestre Secreto.
  • A Chave de Marfim simboliza a guarda dos segredos, o domínio da palavra e o uso responsável do conhecimento.
  • O Olho Onividente lembra que tudo é observado pelo G.’.A.’.D.’.U.’. e que a retidão deve ser mantida mesmo no mais profundo silêncio.

Assim, I Reis 8:1-6 não é apenas um relato histórico, mas um convite espiritual: cada Mestre Secreto é chamado a construir o Santo dos Santos dentro de si, a colocar a Lei e a Verdade no centro de sua vida e a guardá-las com zelo, vigilância e reverência.

O ensinamento essencial é que a verdadeira iniciação não termina com a aquisição de novos graus — ela começa quando o Maçom compreende que precisa proteger, cultivar e fazer frutificar a luz que recebeu, para que ela ilumine os que virão depois.

Conclusão

O texto de I Reis 8:1-6 nos recorda que a espiritualidade precisa ter um “lugar” em nossas vidas, assim como a Arca teve seu lugar no Templo. O Mestre Secreto é chamado a ser esse lugar, a carregar a Arca dentro de si e protegê-la com zelo, silêncio e fidelidade.

O Grau 4 é, portanto, um convite à vigilância e à guarda dos segredos sagrados, para que a Luz continue brilhando no interior do Templo e se irradie para o mundo profano como exemplo de retidão.

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