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Iniciação no Rito Escocês Retificado: doutrina, símbolos e caminho

A Iniciação no Rito Escocês Retificado (R.E.R.) é um caminho pensado, ensinado e preservado por gerações com propósitos bem definidos. A partir dos ensinamentos de Martínez de Pasqually, do trabalho de Jean-Baptiste Willermoz e do desenvolvimento intelectual que os circunda — incluindo reflexões de Saint-Martin e de intérpretes modernos como Jean-François Var — a Ordem construiu uma trama doutrinal que liga teologia, metafísica e pedagogia iniciática. O que se segue é uma síntese dessa tradição, organizada para orientar o leitor a compreender por que a Iniciação retificada aparece como um processo que visa a reintegração do homem ao seu estado primordial.

A palavra “doutrina” merece ser esclarecida desde o início. Não se trata de dogma imposto; doutrina, na raiz latina, refere-se a ensino, método e ciência. No R.E.R., a doutrina é aquilo que se ensina de modo sistemático e progressivo para que o iniciado transforme sua consciência e, por conseguinte, seu ser. Essa progressão tem forma ritual e forma discursiva: os rituais simbolizam e movem, enquanto as instruções explicam e fixam. Sem ambos, o caminho perde cogência.

O que caracteriza a iniciação no Rito Escocês Retificado

O fundamento metafísico do Regime vem sobretudo do Tratado da Reintegração dos Seres, de Martínez de Pasqually. Esse texto descreve a condição humana como constituída por duas naturezas em conflito — a espiritual e a animal — e afirma que a queda produziu uma privação absoluta em relação ao Criador.

Willermoz pegou esse substrato e o estruturou, tornando-o pedagogicamente operacional através de graus preparados para conduzir o candidato, passo a passo, por uma sequência de aprendizagem e transformação.

Trata-se de uma proposta teórica e prática: a Iniciação é apresentada como um socorro da Providência. A misericórdia divina não anula a justiça, mas oferece meios para a restauração do homem arrependido. A Iniciação, portanto, é resposta, instrumento e caminho para a recuperação da semelhança com o princípio criador.

A doutrina que fundamenta a iniciação no R.E.R

Um modo fértil de entender a doutrina é por meio de quatro ensinamentos cardeais que se repetem nos textos retificados.

Jesus Cristo, Cordeiro de Deus

  1. A origem gloriosa do homem. O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, revestido de uma condição “gloriosa”: participação nas virtudes e potências divinas que o tornavam capaz de reinar sobre o mundo criado. Essa condição é um estado ontológico de comunhão imediata com o Criador.
  2. A queda e a dupla condenação. Por livre escolha, o homem desvia-se de sua origem e perde a plena semelhança divina. A marca primordial de Deus permanece, mas encontra-se deformada. A queda implica morte espiritual — ruptura da comunicação com o princípio divino — e também uma mutação ontológica: o corpo de luz vira corpo sujeito à corrupção. O homem passa a viver como ser duplo, dilacerado entre aspirações espirituais e pulsões materiais.
  3. A ação da misericórdia e a função da Iniciação. A misericórdia divina intervém quando o homem se arrepende. Arrependimento significa reencontro de si, retorno ao Oriente simbólico da luz. Nesse contexto, a Iniciação é apresentada como um dos meios providenciais que permitem recuperar a conformidade com o protótipo divino. O objetivo único da iniciação é conduzir o iniciado ao caminho que restaura seus direitos primitivos.
  4. A necessidade de um Mediador. A reintegração plena exige a ação de um Mediador que una, numa pessoa, natureza divina e natureza humana, ambas puras. Os textos retificados identificam esse Mediador em Cristo. Essa mediação explica porque, para a doutrina clássica do R.E.R., a ressurreição de Cristo ocupa lugar central: a revelação e a vitória do Mediador tornam possível a ressurreição do homem restaurado.

Esses quatro pontos não são apenas proposições teóricas; eles estruturam o ensino que acompanha cada grau e orientam a simbólica ritualística.

Ensino e rito: a pedagogia do “ne varietur”

O R.E.R. distingue-se por oferecer, grau a grau, instruções redigidas ne varietur — isto é, textos fixos e preservados, lidos e meditados sem variações. Essa prática garante que o mesmo fio doutrinário percorra a formação dos iniciados. Se o ritual move, a leitura instrui; se o símbolo agita a sensibilidade, a instrução esclarece a inteligência. O objetivo é produzir uma mudança de estado de consciência que possibilite a mudança de estado do ser.

A experiência iniciática é, assim, dupla: acontece dentro da sala ritual, por imagens, gestos e dramas simbólicos; e se consolida fora dela pelo estudo, pela meditação e pela prática moral que a Ordem exige. As instruções atuam como guia interpretativo: elas indicam o sentido metafísico do episódio ritual, apontando as consequências práticas para a vida do iniciado.

Graus e progressão simbólica

A progressão dos graus no R.E.R. tem ritmo e lógica: cada etapa se refere a um aspecto da condição humana e oferece instrumentos de entendimento e regeneração.

  • Grau de Aprendiz. Marcado pela coluna truncada e pelo reconhecimento inicial, o aprendiz é chamado a meditar sobre a condição primordial do homem e sobre a deformação que a queda introduziu. A máxima entregue ao candidato — que o homem é imagem imortal de Deus, embora muitas vezes a desfigure — inaugura a busca: reconhecer a imagem e começar a corrigi-la.
  • Grau de Companheiro (ou de Companheiro de Ofício). Aqui o caminho incide sobre o trabalho e o tempo da existência material. É o grau do aprender a conhecer a si mesmo, de expiar e corrigir as imperfeições. O Companheiro aprofunda a compreensão dos mecanismos que mantêm o homem preso às paixões e começa a praticar a disciplina moral necessária para a transformação.
  • Grau de Mestre Simbólico. Apresenta-se o drama do túmulo e o corpo de Hiram. No simbolismo, o cadáver representa a morte do homem para a virtude, e o enterro simboliza a passagem pela experiência limite. Os cinco pontos de perfeição que erguem o Mestre da tumba simbolizam o processo de regeneração moral: supressão do vício, domínio das paixões, exercício da coragem, prática da virtude e disponibilidade para ser exemplo e professor.
  • Quarto grau simbólico (grau do Mestre elevado ou grau da ressurreição). A ideia de que a Iniciação não se completa no Mestre explica a existência deste grau suplementar. Enquanto a regeneração acontece “na carne”, a ressurreição gloriosa que o R.E.R. propõe transcende a condição corpórea: a representação de Hiram ressurgindo em forma gloriosa aponta para a última etapa do caminho iniciático — a união definitiva com o princípio divino, um estado que o rito articula como retorno ao molde original.

O Templo, no fluxo desses graus, é trabalhado como símbolo do homem. Sua construção, destruição e reconstrução traduzem a perda e a recuperação da semelhança divina. Ao concluir a via, o iniciado não permanece preso às ferramentas simbólicas: elas cumpriram sua função e desaparecem, deixando-o diante da Jerusalém Celeste, onde já não existe templo humano porque o próprio Senhor é Templo.

Símbolos essenciais da iniciação retificada

No Rito Escocês Retificado, o símbolo age. Age porque foi construído para isso, porque faz parte de um corpo iniciático cuja lógica interna — herdada de Martínez, organizada por Willermoz e depurada pela pedagogia ritual — transforma a alma humana ao longo do tempo.

A doutrina retificada ensina que o homem carrega em si uma ruptura, mas também a marca indelével de sua origem. Os símbolos operam sobre essa marca e, ao tocá-la, despertam no iniciado o movimento interior da restauração. Por isso, cada gesto ritual, cada silêncio previsto, cada palavra de reconhecimento e cada imagem geométrica possuem uma função precisa. Nada está ali por acaso.

A Coluna Truncada: Adhuc Stat!

A coluna truncada, apresentada ao Aprendiz logo no primeiro grau, é o primeiro grande ensinamento do R.E.R. Ela além de descrever a condição humana, denuncia e convoca.

A coluna é símbolo ancestral da verticalidade espiritual, da ligação do homem ao seu princípio. O truncamento revela a queda — uma obra interrompida, uma estatura incompleta, uma ruptura entre o que se é e o que se deveria ser.

Mas a inscrição Adhuc Stat! recorda que:

  • a base não foi destruída;
  • a coluna permanece de pé;
  • a possibilidade de restauração continua viva.

A doutrina retificada afirma que a semelhança divina foi perdida, mas a imagem permaneceu. A coluna truncada é essa imagem: uma forma diminuída, mas ainda real; um convite a reconstruir, elevar e reencontrar a estatura espiritual perdida. Por isso, nenhum Aprendiz do R.E.R. pode fugir da primeira exigência: reconhecer-se inacabado, porém restaurável.

O Drama de Hiram

O drama de Hiram, preservado no terceiro grau simbólico, é uma das mais poderosas ferramentas de ensino da Ordem. No R.E.R., o episódio é tratado como uma expressão ritual da condição humana.

O corpo de Hiram representa:

  • a mortalidade da carne,
  • a morte espiritual causada pela queda,
  • o obscurecimento da origem divina do homem.

O túmulo, deve ser entendido como nossa própria condição de homem que esqueceu sua origem, que perdeu sua estatura e que necessita ser levantado por um poder que não é seu.

Esse levantamento ocorre por meio dos Cinco Pontos de Perfeição, que todo Mestre Maçom intimamente conhece, esses pontos expressam a regeneração moral e espiritual:

  • a transmissão da vida,
  • o socorro fraterno,
  • o domínio das paixões,
  • a retomada da virtude,
  • a elevação da consciência.

No R.E.R., a regeneração acontece “na carne”: o homem ainda permanece sujeito às limitações de sua natureza animal, mas já recebe o impulso de vida espiritual que o prepara para o quarto grau — onde se compreenderá, enfim, o sentido da verdadeira ressurreição.

A Palavra de Pha∴ por Tub∴

Poucos aspectos do Regime Retificado revelam tão claramente sua identidade quanto a substituição da palavra de reconhecimento tradicional, onde a tradição usava Tub∴, Willermoz estabeleceu que se usasse Pha∴.

Para muitos maçons de outros ritos, essa mudança parece pequena, quase irrelevante. No R.E.R., ela é determinante. Ela marca o ponto exato onde a Reforma de Lyon se afasta das tradições maçônicas degradadas e estabelece sua filiação espiritual legítima.

Por que a palavra Tub∴ não é adequada ao R.E.R.

A tradição que usa Tub∴ recua à linhagem de Cam[1] e àquilo que se convencionou chamar “tradição cainita”. Essa linhagem, segundo a doutrina retificada, está associada:

  • ao predomínio da matéria,
  • ao afastamento crescente da Luz,
  • à degeneração espiritual do período antediluviano,
  • à perda da verdadeira iniciação primitiva.

O uso de Tub∴, embora tradicional em muitos ritos, carrega consigo um vínculo simbólico com uma origem desviada, incapaz de sustentar um processo iniciático orientado para a reintegração ontológica. Willermoz entendeu isso com clareza.

Pha∴ aproxima-se da raiz que significa separar, distinguir, fazer germinar. Pha∴ está ligado à linhagem de Sem[2] — linhagem abençoada, preservada e reconhecida como depositária da verdadeira tradição noaquita.

Ao adotar Pha∴, o R.E.R.:

  • quebra conscientemente o elo com a linhagem desviada,
  • insere seus iniciados na tradição que se manteve fiel ao Criador,
  • afirma que sua Iniciação deriva da misericórdia divina e não de qualquer sabedoria meramente humana,
  • declara a necessidade de restauração e de retorno à origem luminosa.

[1] Quem é Cam?

Cam (também grafado como Ham) é um dos três filhos de Noé, conforme o relato do Gênesis.
Na tradição bíblica e em muitas leituras cristãs posteriores, Cam está associado:

  • à desobediência ou irreverência para com seu pai;
  • à maldição pronunciada por Noé contra seu filho Canaã (descendente de Cam);
  • a uma linhagem espiritualmente desviada, marcada pelo afastamento da ordem divina;
  • à transmissão daquilo que Willermoz chamaria de iniciação cainita — isto é, uma herança simbólica vinculada ao predomínio da matéria e ao distanciamento da Luz.

No R.E.R., Cam simboliza:

  • a tradição degenerada,
  • a perda da verdadeira via iniciática,
  • a linhagem que não preservou a pureza da revelação original.

É por isso que Willermoz rejeita a palavra tradicional Tub∴, vinculado a esse tronco simbólico.

[2] Quem é Sem?

Sem (ou Shem) é outro filho de Noé.
Do ponto de vista bíblico e espiritual, ele representa:

  • a linhagem abençoada,
  • o ramo que preservou a fidelidade a Deus após o Dilúvio,
  • a raiz espiritual de onde surgem Abraão e, portanto, todo o tronco das tradições hebraicas e cristãs.

No R.E.R., Sem é entendido como:

  • a via legítima,
  • o guardião da verdadeira iniciação pós-diluviana,
  • aquele cujo ramo conserva a pureza da tradição ordinada por Deus,
  • o portador da linhagem espiritual que conduz ao Cristo, segundo a doutrina retificada.

Por isso, Pha∴, descendente de Sem, é adotado como palavra de reconhecimento, marcando a filiação correta da Maçonaria Retificada.

A palavra Pha∴, portanto, é uma profissão de filiação espiritual. O Aprendiz, ao recebê-la, é colocado na posição correta: como continuador de uma linhagem justa.

O gesto simbólico de Willermoz

A troca entre Tub∴ e Pha∴ é um divisor de águas. Representa:

  • a rejeição clara de tudo o que simboliza a queda;
  • a adesão explícita à via que conduz à reintegração;
  • a afirmação de que a verdadeira Iniciação nasce na ordem divina restaurada.

A palavra Pha∴ marca a entrada do iniciado no caminho da restauração. Ela está no início da jornada porque define a direção. É o primeiro passo retificado.

Cristo como Mediador na iniciação no Rito Escocês Retificado

Uma questão central e sensível é a relação do R.E.R. com o Cristianismo. A tradição retificada apresenta a figura de Cristo como Mediador necessário para a reintegração humana. Esse ponto, além de ser uma adição litúrgica, é uma consequência lógica da doutrina: se a reintegração exige um agente que una natureza divina e humana intactas, esse agente, conforme os textos fundadores, é o Verbo encarnado, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Para a doutrina clássica, isto significa que a Iniciação opera dentro de uma perspectiva cristã profunda: a ressurreição de Cristo é a chave metafísica que torna possível a ressurreição do homem restaurado. Em consequência, muitas formulações históricas do Regime entenderam que a senda iniciática encontra sua realização plena na plenitude cristã.

Isso, no entanto, foi interpretado de distintos modos ao longo do tempo e nas várias jurisdições. Há linhas de leitura que enfatizam a abertura: o R.E.R., enquanto corpo maçônico, legisla para seus próprios membros e define suas exigências internas. Em certas exposições, aponta-se que a “característica cristã” do Regime não se confunde necessariamente com exclusão rígida, mas com caráter doutrinal: a iniciação, segundo Willermoz, só realiza plenamente seu sentido quando o iniciado age em unidade com o Agente reconciliador. Na prática, diversas obediencias lidaram com essa questão conforme seus contextos históricos e disciplinares.

O essencial doutrinário, para quem trilha a via retificada, permanece: a mediação e a ressurreição são fundamentos que orientam o sentido último do rito. A fé que se exige constitui a condição metafísica para que a mediação produza, de fato, o efeito de reintegração.

Diferença entre moralidade simbólica e iniciação ontológica

Uma tensão recorrente na comparação entre o R.E.R. e outros ritos refere-se a aquilo que alguns consideram “aperfeiçoamento moral” versus aquilo que o R.E.R. propõe como “iniciação ontológica”. Muitos sistemas apresentam uma ética prática, instruções morais e conselhos sociais; o R.E.R. faz isso também, porém pretende ir mais fundo. Para os textos retificados, a moral é necessária, mas insuficiente: o objetivo vai além de apenas comportar-se bem na sociedade, mas reverter uma mutação ontológica que exige ajuda providencial.

A diferença, portanto, é de alcance. Onde alguns ritos oferecem um percurso de autoaperfeiçoamento e civismo ligado a símbolos, o R.E.R. reivindica um projeto de restaurar a condição humana primordial por meio de uma pedagogia ritual e doutrinal integrada à cristologia redentora. Quem não compartilha desse horizonte pode igualmente encontrar valor ético na maçonaria simbólica; porém, essa experiência não reproduzirá o sentido pleno do que o Regime entende por Iniciação.

Implicações práticas para o Caminho do Iniciado

O que significa viver essa doutrina na prática? Primeiramente, leitura e meditação das instruções ne varietur são imprescindíveis. A participação ritual não basta se não for complementada por trabalho interior: exame de consciência, prática das máximas, disciplina moral e empenho na transformação dos vícios.

A fraternidade funciona como ambiente de treino: o Mestre deve ser exemplo e professor; o Companheiro aprende ofícios interiores e exteriores; o Aprendiz, desperto para a pergunta inicial, mantém a máxima em constante recolhimento. A via é lenta; exige humildade e reconhecimento das fragilidades. O trabalho não é espetacular, mas contínuo. É também comunitário: a regeneração pessoal tem efeito edificante sobre a oficina, e vice-versa.

Crítica e defesa: por que preservar a doutrina?

Alguns maçons — e essa reação existe até hoje — perturbam-se ao ouvir falar em doutrina porque confudem doutrina com dogma. O R.E.R. não pretende suplantar a liberdade de consciência por fórmulas estéreis. A doutrina retificada, ao contrário, é um ensino estruturado, metódico, que visa tornar inteligível o simbolismo e tornar eficaz a prática ritual. Preservá-la é proteger a coesão do caminho iniciático e garantir que a experiência não se dissipe em entretenimento simbólico.

Além disso, a doutrina dá sentido à forma: se o rito é linguagem, a doutrina é a gramática que impede o discurso de degenerar em ruído. As instruções conservadas não são antiguidade decorativa; são instrumento pedagógico. Preservá-las é manter a via capaz de efetivar aquilo que promete: uma reintegração realizada por meios que respeitam a natureza humana e que se articulam com a ação divina manifestada em Cristo.

Conclusão

O Rito Escocês Retificado oferece uma proposta de Iniciação que combina rito, doutrina e pedagogia. Nas palavras de quem conserva essa tradição, trata-se de preparar o homem para reencontrar a sua origem e destino, através de um percurso que passa por conhecimento de si, disciplina moral e adesão à mediação divina que realiza a ressurreição. O Templo, finalmente reconhecido como símbolo do próprio homem, é reconstruído passo a passo; quando a obra se completa, o iniciado contempla não monumentos humanos, mas a promessa de uma Cidade sem templo, onde o Senhor é presença viva.

Ler, meditar e agir: essa tríade resume a exigência do caminho. Quem decide seguir esta via escolhe uma escola que não promete facilidades, mas aponta um horizonte. É uma escolha de responsabilidade — responsabilidade consigo mesmo, com os Irmãos e com a tradição que legou os textos e ritos. É também, para muitos, fonte de alegria profunda, porque traduz a esperança antiga: que o homem pode ser trazido de volta ao lugar de onde nunca devia ter partido.

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