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“Lembra-te agora do teu Criador, nos dias da tua juventude,
enquanto não chegam os maus dias, e antes que se aproximem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles prazer.
Então o pó há de retornar à terra, como o era, e o espírito há de retornar a Deus, que o deu.”
(Eclesiastes 12:1,7)
O Grau de Mestre é o ponto culminante dos três graus simbólicos. Aqui, o Maçom não apenas constrói — ele passa a compreender o propósito da construção e o significado mais profundo da própria existência. Eclesiastes 12 fala da transitoriedade da vida, da necessidade de sabedoria antes que o tempo se esgote, e do retorno inevitável de cada um ao seu Criador.
“Lembra-te do teu Criador” é uma convocação para a vigilância espiritual. Não se trata apenas de recordar a existência de Deus, mas de viver de modo que cada ato seja coerente com a consciência que Dele emana. O Mestre sabe que, a partir deste ponto, o seu trabalho é interno e exige disciplina contínua, porque já não há quem o conduza pela mão — ele se torna responsável por si e por aqueles que o seguem.
O texto fala em lembrar-se “nos dias da juventude”. Para o Maçom, juventude não é apenas idade biológica, mas o período em que a alma ainda está em processo de formação e busca. É o tempo em que ainda é possível corrigir, lapidar, fortalecer o caráter. O Mestre é aquele que, mesmo amadurecido, mantém o espírito jovem o suficiente para continuar aprendendo e se aperfeiçoando.
A dualidade corpo/espírito é um dos maiores mistérios revelados no Grau 3:
- O pó – lembra a fragilidade humana, a certeza da morte física, o fato de que nada do que é puramente material é permanente.
- O espírito – representa a centelha divina, imortal, que precisa ser preparada para retornar ao seu ponto de origem. Essa consciência muda a forma como o Mestre encara sua vida — ele passa a agir sabendo que sua obra será julgada não por aparência, mas por essência.
No Grau de Mestre, o Maçom revive o drama iniciático da morte simbólica. Essa experiência é o ponto de virada: ele aprende que precisa “morrer” para o egoísmo, para o orgulho e para as ilusões do mundo profano, a fim de “ressuscitar” como homem renovado. É a consciência de que a vida não termina no túmulo, mas se prolonga em uma dimensão mais alta.
Com a maturidade do Grau 3, vem também maior responsabilidade. O Mestre não busca apenas construir para si mesmo, mas preservar, ensinar e transmitir. Ele é guardião da tradição, mestre de novos aprendizes e companheiros, e exemplo vivo de equilíbrio entre o pó e o espírito.
O Eclesiastes ensina que a verdadeira sabedoria consiste em viver cada dia como preparação para o retorno ao Criador. O Mestre Maçom, ao internalizar essa lição, entende que a sua obra é eterna e que sua missão é transformar a vida em legado — deixando para trás um Templo moral e espiritual que permaneça como luz para os que virão depois.
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O estudo destas passagens nos convida a refletir sobre a espiritualidade, a moral e a jornada interior que a Maçonaria simboliza.
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