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Leitura da Bíblia no Grau 2 – Companheiro Maçom (Amós 7:7-8)

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“E eis que o Senhor estava sobre um muro aprumado; e tinha um prumo em sua mão.
E o Senhor me disse: Amós, o que vês? E eu disse: Um prumo.
Então disse o Senhor: Eis que eu colocarei o prumo no meio do meu povo de Israel; e nunca mais passarei por ele.”
(Amós 7:7-8)

No Grau de Companheiro, o simbolismo do prumo é central. Esta passagem de Amós representa o ponto em que o Maçom deixa de ser apenas aprendiz e passa a ser avaliado — sua obra começa a ser medida, comparada ao eixo da Verdade. O muro aprumado é a imagem do caráter reto, construído sobre base sólida e guiado pela verticalidade espiritual.

Assim como o prumo serve para verificar se a construção está erguida corretamente, o Companheiro aprende que sua vida, pensamentos e ações devem alinhar-se com os princípios eternos. Aqui não há mais improviso: o trabalho precisa ser preciso.

O prumo em si carrega três níveis de interpretação:

O muro aprumado – representa a estrutura da vida ética e espiritual do Maçom. Um muro torto não é seguro; assim, o Companheiro é chamado a corrigir imperfeições de caráter antes que elas se tornem vícios irreversíveis.

O prumo na mão do Senhor – lembra que a verdadeira medida não é feita pelo homem, mas pelo Grande Arquiteto do Universo. A consciência do Companheiro é afinada para servir como reflexo desse prumo divino, apontando sempre para o alto.

“Nunca mais passarei por ele” – esta frase traz uma advertência: uma vez que a régua foi colocada, o julgamento é inevitável. O Companheiro precisa assumir a responsabilidade por suas escolhas e pelo que constrói.

Esse movimento é diferente do Grau 1. Se no Aprendiz o trabalho era moldar a pedra bruta, agora o Companheiro ergue paredes. Ele mede, ajusta, busca simetria. O prumo é a ferramenta que o ajuda a fazer de sua própria vida uma construção reta, sólida, digna de sustentar o Templo.

Há ainda um simbolismo de verticalidade espiritual: o prumo aponta para o centro da terra e para o céu, unindo os planos inferior e superior. O Companheiro, nesse estágio, aprofunda sua busca de sabedoria e aprende a unir o conhecimento técnico (geometria, proporção) com a ética e espiritualidade.

Por fim, a mensagem profética de Amós recorda que a retidão não é apenas escolha pessoal, mas um chamado coletivo. O prumo é colocado “no meio do povo”, mostrando que a justiça e a verdade devem permear toda a comunidade, e não apenas o indivíduo.

O Grau 2 é, portanto, o momento em que o Maçom começa a ser avaliado por aquilo que construiu. O prumo de Amós o convida a erguer-se com firmeza, a manter-se reto diante dos desafios, e a transformar sua obra em um exemplo para os que o rodeiam.

Confira nossa publicação sobre o Grau de Companheiro Maçom:

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O estudo destas passagens nos convida a refletir sobre a espiritualidade, a moral e a jornada interior que a Maçonaria simboliza.


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Respostas de 2

  1. Boa Tarde meu nome é Josué Vanderlei e vou enviar a interpretação pessoa minha.
    A Constante Busca pelo Aperfeiçoamento
    Abertura Livro da Lei Grau de Companheiro
    No GRAU DE COMPANHEIRO no REAA, a simbologia do LIVRO DE AMÓS está associada à busca pela justiça e retidão moral, representando a necessidade do maçom se alinhar aos princípios de igualdade e equidade. A passagem de Amós sobre o “prumo” é a mais proeminente arte onde o GADU mede o povo para julgar sua retidão, o que instrui o maçom a construir sua obra baseada nas ciências e nas artes, com integridade e precisão.
    “Amós 7: Versículo 7-8”
    “Mostrou-me também isto: Eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo; e tinha um prumo na mão.”
    “O Senhor me disse: Que vês tu, Amós? Respondi: Um prumo. Então me disse o Senhor: Eis que porei um prumo no meio do meu povo de Israel; e jamais passarei por ele.”
    Detalhes do ritual
    Passagem Bíblica: A passagem descreve uma visão do profeta Amós em que Deus lhe mostra um prumo, com o qual a retidão do povo de Israel é julgada.
    Simbolismo do Prumo: O prumo, nesse contexto, representa a retidão de consciência e procedimentos, a justiça, o equilíbrio e a prudência que o Companheiro deve almejar em seu trabalho social e em sua vida.
    Transição: O grau de Companheiro representa uma transição entre o material e o espiritual, e a abertura do Livro da Lei com o prumo reforça a importância da retidão e do conhecimento nesse processo.
    Visão Bíblica
    Visão geral
    Amós 7:7-8 descreve a visão de Deus colocando um prumo no meio de Israel, simbolizando que Ele não mais passaria por cima dos pecados do povo. Esta visão representa o julgamento divino, onde o povo, sendo considerado “torto” e rebelde, deve se alinhar com os padrões de Deus, que são imutáveis.
    Explicação detalhada:
    O prumo como padrão divino: A metáfora do prumo (uma ferramenta de pedreiro usada para garantir que uma parede seja perfeitamente vertical) representa o padrão moral e espiritual de Deus.
    Julgamento e alinhamento: A ação de Deus em colocar o prumo no meio do povo significa que Ele está avaliando Israel, e a iniquidade do povo (pecados, rebeldia, idolatria) será exposta.
    “Nunca mais passarei por ele”: Esta frase indica que a tolerância de Deus para com o pecado de Israel havia chegado ao fim. O julgamento viria para corrigir o desvio moral do povo.
    Consequências: A passagem, seguida pelos versículos 8-9, demonstra que o julgamento não será apenas uma avaliação, mas levará a consequências, como a destruição dos santuários e a punição dos líderes.
    Chamado ao arrependimento: Apesar da ameaça de julgamento, o objetivo final da visão é levar o povo ao arrependimento. Deus não quer que o povo se esconda de Sua presença, mas que se alinhe com Seus padrões.
    O que Amós nos ensina?
    A mensagem central é: Deus exige justiça e quer um coração sincero, não só rituais e religiosidade. Fazendo parte dos “livros proféticos”, o livro foi escrito pelo profeta Amós, que era um homem simples, um pastor de ovelhas e agricultor, vindo da cidade de Tekua, no Reino de Judá (sul de Israel).
    Visão no REAA
    Cabe salientar que a leitura desse trecho do Livro da Lei durante a abertura dos trabalhos da Loja não é unânime na prática maçônica, senão como parte integrante da liturgia de alguns Ritos que compõem a Maçonaria. Assim, em relação à leitura em Amós 7 no Segundo Grau, esse costume teria surgido no Yorkshire – Inglaterra e posteriormente abandonado pelo Craft inglês, todavia permaneceria como prática em outros ritos maçônicos, como é o caso do Segundo Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito.
    AMÓS:
    Personagem tido como profeta do Antigo Testamento e autor do Livro de Amós, ele era nativo de uma pequena cidade de nome Tekua nos limites do deserto de Judá, próximo à Jerusalém. Amós, cujo significado etimológico, segundo alguns autores, designa aquele que auxilia a transportar carga, ou que em hebraico significa “levar”, estaria ainda ligado à forma abreviada da expressão Amosiá – “Deus levou”.
    Mais tarde Amós (760 a.C.) abandonaria a sua vida tranquila de camponês para profetizar e denunciar episódios acontecidos durante o reinado de Joroboão II, quando este atingira a sua máxima prosperidade. Esse mesmo reinado então seria também acompanhado do aumento da luxúria, do vício e da idolatria. Nessa conjuntura, a magnificência luxuosa dos ricos ultrajava a miséria dos fracos e dos oprimidos, bem como o esplendor do culto dissimulava a carência de uma religião verdadeira. Amós seria, portanto convocado por “Deus” para advertir ao povo de Israel sobre a existência da “Sua Lei pautada na equidade” alertando e chamando o povo ao arrependimento. Ao cumprir os desígnios de “Deus”, Amós com altivez apontava toda aquela situação com rudeza simples e altiva de um homem oriundo do campo. Seu pronunciamento incomodava, sobretudo as classes abastadas e sacerdotais, (Juízes) porque ele ao anunciar a justiça e o julgamento de “Deus” alcançava além das nações pagãs, objetivamente também o povo escolhido que já se considerava salvo, embora no exercício da vida fosse mesmo pior do que os pagãos.
    Além da injustiça social, especificamente Amós denunciava os ricos que acumulavam cada vez mais riquezas para viverem em ostentação, o que muitas vezes criava um regime de opressão; as mulheres abastadas que, para viverem no luxo, estimulavam seus cônjuges a explorar os fracos; os hipócritas que roubavam e exploravam e depois se dirigiam ao templo para rezar, pagar dízimo e dar esmolas para aplacar a própria consciência; os Juízes que julgavam de acordo com os numerários auferidos pelos subornos; os inescrupulosos comerciantes que deixavam os pobres incapacitados de adquirir e comercializar suas mercadorias por preço justo.
    A profecia deste livro integrante da Torá hebraica fora primeiramente dirigida ao reino setentrional de Israel e segundo alguns bíblicos teria sido em princípio proferida oralmente, cujos reinados coincidiram entre 829 e 804 a. C., sendo daí em diante assentada por escrito, presumivelmente após o profeta voltar a Judá.
    Dentre todo o contexto de denúncia contra a injustiça social na construção de uma sociedade justa e as pregações, destacam-se os seguintes sete crimes de Israel:
    1) a venda do justo por prata – desprezo ao devedor;
    2) o indigente por um par de sandálias – escravização por dívidas ridículas;
    3) esmagam sobre o pó da terra a cabeça dos fracos – humilhação e opressão dos pobres;
    4) tornam torto o caminho dos pobres – o desprezo pelos humildes;
    5) um homem e seu filho vão à mesma jovem – opressão dos fracos (das empregadas e escravas;
    6) se estendem sobre vestes penhoradas, ao lado de qualquer altar – falta de misericórdia nos empréstimos;
    7) bebem vinho daqueles que estão sujeitos a multas, na casa de seu Deus – mau uso dos impostos (ou multas).
    As cinco visões de Amós
    Através delas, o profeta transmite a mensagem do julgamento iminente de Deus sobre Israel devido aos seus pecados, mas a última visão também contém uma promessa de restauração.
    1ª Visão: Gafanhotos (Amós 7:1-3)
    Amós vê gafanhotos devorando a colheita após o corte do rei.
    Em resposta, o profeta intercede, e Deus suspende o julgamento.
    2ª Visão: Fogo (Amós 7:4-6)
    Amós vê um grande fogo consumindo a terra, com o profeta intercedendo novamente.
    Deus, por intercessão de Amós, também suspende este julgamento.
    3ª Visão: Fio de prumo (Amós 7:7-9)
    Deus mostra a Amós um muro inclinado sendo medido com um prumo, indicando que não haverá mais perdão.
    Esta visão marca o fim da suspensão do julgamento, anunciando que Israel está “fora de prumo” e precisa ser julgado.
    4ª Visão: Cesta de frutas de verão (Amós 8:1-3)
    Amós vê uma cesta de frutas de verão, simbolizando que o fim de Israel está próximo e os seus pecados trouxeram o tempo do juízo.
    Nesta visão, a intercessão de Amós não é mencionada, e o julgamento não é mais suspenso.
    5ª Visão: O templo/altar (Amós 9:1-4)
    Deus se encontra além do altar e destrói o templo de Israel em Betel.
    Esta visão simboliza o julgamento final e a destruição completa dos líderes e do sistema religioso de Israel, mas é seguida por uma promessa de restauração.
    Amós anunciaria o fim do Reino Setentrional de Israel, devido à situação precária, ou insustentável diante de Deus, cujas visões aparentam serem sinais que o profeta vislumbra no cotidiano da vida e simbolizam a conjuntura problemática à época da nação israelita.
    Não obstante às cinco visões proféticas desde a praga de gafanhotos até a destruição do santuário, tem aquela em que Amós vê o “Senhor” (cap. 7, vs. 7-9) verificando o alinhamento de um muro com um fio de prumo. É justamente essa a que suporta a alegoria presente na Moderna Maçonaria durante a abertura e leitura do Livro da Lei no Grau de Companheiro Maçom.
    Antes, porém de ingressar no assunto relativo à Maçonaria e a abertura do Livro da Lei envolvendo Amós, cabe aqui ainda outra consideração importante: O muro que está enviesado e desaprumado simboliza Israel, assim deverá ser primeiro demolido para ser novamente realinhado pela perpendicular (tinha um prumo nas mãos). Isso porque muro desaprumado não tem conserto. Só derrubando.
    Amós nesse caso não intercederia suplicando ao “Senhor”. É uma realidade corrupta que não tem conserto e a certeza do castigo pela justiça (prumo) torna-se cada vez mais premente “eu nunca mais passarei por ele”.
    Em linhas gerais é o prenúncio da destruição do Reino Setentrional de Israel já que no capítulo (cap. 8, vs. 1-3) Amós vê o cesto de frutas maduras que simboliza o fim do verão e o início do outono, estação que precede o Inverno e a morte da Natureza – o fim de Israel. É que na quinta visão Amós conta que, desta vez, é o próprio IAHWEH (IAVÉ) quem atua e de modo dramático. Diante do edifício do santuário o “Senhor” bate nos capitéis provocando um terremoto que destrói o santuário e extermina as pessoas que lá estavam abrigadas.
    Esta visão é o ponto máximo e epílogo deste ciclo. O próprio Senhor volta-se contra o local no qual se lhe prestava culto. Na visão de Amós, o santuário (de Betel) traiu seu papel de conduzir o povo a “Deus” e à vida. Tornou-se um lugar de culto sem sentido, amparando e ocultando as múltiplas opressões e injustiças que se cometiam no Reino do Norte.
    LEITURA DO LIVRO DA LEI
    O Segundo Grau, ou de Companheiro Maçom indiscutivelmente é o Grau mais genuíno da Maçonaria que, infelizmente e equivocadamente tem sido tratado por algumas Obediências como um Grau intermediário. Na sua tradicional existência oriunda desde os canteiros medievais, possui a pragmática inerente à juventude, ação e trabalho – em síntese o Companheiro é o elemento que “eleva” a Obra e a dá por concluída no final do outono, antes que o inverno prive a Terra da Luz. Dentre outros, os seus simbólicos cinco anos de aperfeiçoamento soam equânimes com o sentido lato da justiça e da equidade na construção social, cuja obra especulativa da Moderna Maçonaria o Companheiro a eleva aprumando os cantos (o prumo não pende como as oblíquas).
    O Companheiro quando passa para a perpendicular ao Nível (em Loja, do Norte para o Sul, ou do Nível para o Prumo), de modo especulativo ele está aplicando as suas ações (trabalho) na vida, desde que suportada pela justiça (Prumo).
    Existe a máxima de que não há retorno para a vida, assim, se quiseres bem aproveitá-la, pensa na morte (eis que porei um prumo no meio do meu povo Israel; e jamais passarei por ele).
    A Obra da Vida pautada na justiça é um dos motes iniciáticos maçônicos na transformação inerente ao segundo ciclo da existência. Juventude (meio-dia) para a maturidade (meia-noite).
    A Obra perene é o exemplo de vida deixado. Assim, a alegoria de Amós aplicada no Segundo Grau tem por objetivo conduzir o Obreiro a uma reflexão antes que chegue o tempo em que ele dirá: essa idade não me agrada! (A implacável aproximação da morte [inverno] e a destruição do Templo).
    Como Amós, a Maçonaria procura lembrar ao homem Maçom que ele certamente terá através da sua consciência a visão do muro e do prumo nas mãos. Certamente a consciência lhe dirá: o que vês tu? A questão é: a parede estará ou não levantada a prumo? Como o inverno se avizinha ninguém mais passará por ele – não haverá mais tempo para reconstruir uma parede que por ventura tenha sido construída fora do prumo (pensai na morte; a efemeridade da vida).
    Considerações Finais
    O Prumo, a Justiça e a Equidade – essa tríade expressa à lição de se ter pautado a vida com disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um. Tal como Amós, o dever de possuir um sentimento de justiça avesso a qualquer critério de desigualdade e tratamento ilegal. O muro levantado a prumo suporta um conjunto de princípios imutáveis de justiça que induzem o juízo da consciência a possuir um critério de moderação e de igualdade, ainda que em detrimento do direito objetivo.
    Amós e a abertura do Livro da Lei importam nos elementos alegóricos que aludem àquele que busca aprimoramento norteado para uma vida de igualdade, retidão e moderação.
    A abertura do Livro da Lei no Grau de Companheiro maçom, no Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), acontece no livro de Amós, versículos 7 e 8, que tratam da visão do prumo. Este ritual simboliza a busca por justiça, retidão e equilíbrio, e o prumo é um emblema desses valores que o maçom deve incorporar em sua vida.
    Referências:
    Bíblia online. Disponível em: .
    Pedro Juk http://pedro-juk.blogspot.com
    Pedro Juk – Secretário de Orientação Ritualística do Grande Oriente do Brasil
    https://www.pastorwalterpacheco.com

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